O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da
Presidência, confirmou durante reunião em Brasília que o governo federal aceita
aprofundar o debate sobre a proposta de centrais sindicais de criar o Programa
Nacional de Estabilização e Manutenção do Emprego, que tenta criar instrumentos
para a garantia das vagas de trabalho em tempos de crise econômica.
“Nos colocamos à disposição para aprofundar esse assunto”,
afirmou o ministro, segundo nota emitida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC. A ideia, apresentada no começo deste mês, é destinar 10% do valor
arrecadado com multas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para um
fundo voltado à manutenção do emprego.
Além de Carvalho, participaram da audiência o ministro do
Trabalho e Emprego, Brizola Neto, e representantes de Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Ficou acertado que um grupo de trabalhadores,
representantes do governo e de empresários visitará a Alemanha, no final de
setembro, para conhecer os detalhes do projeto que inspirou a iniciativa local.
“Essa viagem é um avanço na área de proteção ao emprego no Brasil”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e secretário-geral da CUT, que participou da reunião. “É a primeira vez na história deste país que uma delegação tripartite vai em missão oficial conhecer uma experiência bem-sucedida de combate ao desemprego.”
“Essa viagem é um avanço na área de proteção ao emprego no Brasil”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e secretário-geral da CUT, que participou da reunião. “É a primeira vez na história deste país que uma delegação tripartite vai em missão oficial conhecer uma experiência bem-sucedida de combate ao desemprego.”
Segundo a Secretaria Geral, Carvalho aceitou realizar uma
reunião por mês sobre uma série de assuntos levantados pelas centrais, como o
Acordo Coletivo Especial (ACE), que prevê a negociação entre patrão e
funcionário no local de trabalho, nos moldes do sistema implementado no ABC
paulista, e a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
trata da organização sindical e do processo de negociação dos trabalhadores do
serviço público. Além destas questões, entrarão nos debates o fator
previdenciário, a rotatividade e a terceirização.
PLR
Por outro lado, Carvalho apenas renovou o compromisso de
apresentar uma resposta do governo à proposta de isenção de cobraça de Imposto
de Renda (IR) sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). As centrais
querem que o governo desonere algumas faixas de PLR, mas a equipe econômica
reluta em levar a conversa adiante com receio do impacto fiscal da medida.
“Desde maio deste ano estávamos esperando que o governo
apresentasse uma proposta sobre PLR”, disse o presidente da CUT, Vagner
Freitas. “O ministro Gilberto Carvalho nos informou que o ministro Guido
Mantega se comprometeu em retomar o tema, sinalizando que o governo concorda em
discutir a isenção do imposto até um determinado valor.”
Fonte: Rede Brasil Atual
Fonte: Rede Brasil Atual