Foram criados 1,04 milhão de
empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, de acordo com
informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas
nesta segunda-feira (23) pelo Ministério do Trabalho . O número representa uma
queda de 25,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 1,41
milhão de vagas.
Trata-se, também, do pior
resultado para o período desde 2009, quando foram criados 397,9 mil empregos com
carteira assinada. Os números de criação de empregos formais do acumulado deste
ano, e de igual período de 2011, foram ajustados para incorporar as informações
enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de maio). Os dados de junho
ainda são considerados sem ajuste.
Somente no mês passado, ainda
segundo dados oficiais, foram abertas 120.440 vagas com carteira assinada, o que
representa o pior resultado para meses de junho, desde 2009 – quando foram
criados 119.495 empregos formais. Na comparação com o mesmo mês de 2011
(+215.393) houve uma queda de 44%.
A queda na criação número de
empregos acompanha a desaceleração da economia brasileira. No primeiro trimestre
deste ano, por exemplo, a economia brasileira cresceu apenas 0,2% na comparação
com os três últimos meses do ano passado.
Para recuperar o crescimento,
a equipe econômica do governo anunciou, nos últimos meses, uma série de
medidas.
Além de o BC estar baixando os
juros desde agosto do ano passado, o governo também reduziu o IPI para a linha
branca (máquinas, fogões e geladeiras), para automóveis, desonerou a folha de
pagamento de alguns setores, liberou crédito para as empresas e para os estados
do país com juros mais baixos, baixou o nível do compulsório (recursos que têm
de ser mantidos pelos bancos no BC) e também reduziu a alíquota do IOF para
empréstimos de pessoas físicas.
Setores da
economia
Segundo o Ministério do
Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais no primeiro
semestre deste ano, com 469.699 postos abertos, ao mesmo tempo em que a
construção civil foi responsável pela contratação de 205.907 trabalhadores com
carteira assinada. O setor agrícola, por sua vez, gerou 135.440 empregos no
primeiro semestre, enquanto que a indústria de transformação abriu 134.094
postos formais. Já o comércio criou 56.122 postos formais, segundo dados
oficiais.
"Entre os vinte e cinco
subsetores de atividade econômica, apenas a Indústria de Material de Transporte
(-3.790 postos ou -0,65%) mostrou queda no nível de emprego no primeiro semestre
de 2012", informou o governo.
Distribuição geográfica dos
empregos
Por regiões do país, ainda de
acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com
619.950 postos formais abertos nos seis primeiros meses de 2012. Em segundo
lugar, aparece a região Sul, com a abertura de 203.253 vagas com carteira. A
região Centro-Oeste, por sua vez, abriu 152.403 postos de trabalho. Já as
regiões Norte e Nordeste criaram, respectivamente, 44.565 empregos e 27.743
postos formais no primeiro semestre deste ano.
"Dentre as vinte e sete
Unidades da Federação, vinte e seis mostraram crescimento do emprego, com duas
apresentando saldos recordes, três o segundo melhor resultado e cinco o terceiro
maior saldo para o período. Os resultados recordes foram exibidos pelos estados
do Pará (+22.364 postos) e Amapá (+1.938 postos)", informou o governo.
Acrescentou que os estados que obtiveram o segundo melhor resultado para o
período foram Goiás (+74.176 postos), Tocantins (+8.139 postos) e Acre (+2.953
postos).
Fonte: G1